Participo de um curso de inglês e tive de responder as duas questões que reproduzo abaixo...
É evidente que minha resposta será descartada/ignorada e tirarei NS (não satisfatório), rs..., como nota final. Eu SE divirto, rs...
1) O ensino ocorre em forma de parcelas, ou seja, as aulas ou unidades didáticas são divididas em partes para a promoção do aprendizado da matéria? Descreva.
Sim, na escola predominam as separações, segregações, dicotomias e, fundamentalmente, a reprodução de modelos (clássicos) levando a uma inércia absurda, ou melhor, pra conseguirmos mudar algo nas escolas precisamos gritar, berrar, xingar... dar murros em pontas de facas e nos cortamos, sangrarmos exaustivamente... O modelo empregado nas escolas atual e, especialmente, nas escolas públicas municipais de São Paulo, privilegia uma forma de gestão neoliberal/mercadológica que não leva em conta o Humano, o Humanismo, o Humanitário... valoriza apenas números, resultados como se fôssemos máquinas/robôs que precisamos produzir e ser vigiados/controlados em tempo integral (há sinais de fábricas, de presídios tocando o tempo inteiro; fichas, relatórios, planejamentos a serem preenchidos de forma mecânica; grades e câmeras sendo colocadas nas escolas nas janelas, portas, corrredores...). Enfim... predominam as separações, segregações, dicotomias por meio da fragmentação ocorrida nas disciplinas, nos conteúdos e nas divisões das aulas diariamente. Uma possibilidade de esfumaçarmos isto seria trabalhar por áreas e não por disciplinas e com encontros longos com os alunos, encontros que poderiam durar uma manhã inteira, uma semana inteira, um mês inteiro, um bimestre inteiro, um semestre inteiro e, por que não, um ano inteiro... Mas pra isso, é preciso estudo, preparo e sustentar o que se diz e se faz. É preciso muito pensar e sair dos lugares de ruminação e regurgitação, tão comuns nas escolas (e nas universidades, rs...). Será que estamos preparados pra isso? Questão difícil de ser respondida.
2) O ensino ocorre num processo de gradação – do mais simples ao mais difícil – para promoção do aprendizado da matéria? Descreva.
Antes de responder à questão, pergunto-me o que é mais simples e mais difícil? Mas simples e mais difícil pra quem? Lançadas essas duas questões, afirmo que o que predomina na escola é reproduzir o que se considerou classificar como o mais fácil, ou seja, partindo de letras, sílabas, palavras, frases... do artigo definido e indefinido, substantivo, adjetivo, verbo..., ou melhor, do considerado mais fácil pro mais fácil segundo uma tradição greco-latina. E isto é reproduzido até hoje. Talvez devamos trabalhar com a noção de que a língua chega como um todo e não podemos ignorar esse fato. Devemos trabalhar a língua levando em conta sua complexidade e caoticidade. Todavia, repito: estaremos preparados pra isso? Estaremos preparados pra lidar com as incertezas, as rupturas dos pontos de vista únicos, a fluidez, o líquido? Dito de outro modo: retirar o nosso tão sagrado chãozinho de todos os dias, pode ser perigoso, angustiante e insuportável pra muitos nos tempos atuais... RS (aggAiinn)...
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