quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

VERNACULÁCEO DE DAVI ARAÚJO

Vernaculáceo

Linguajar, ruja para quem te resista,
pela boca que verseja com voz alquimista a gíria supimpa;
há já sua língua limpa ou suja, ou seja,
uma linguagem que exprima tudo isso que ardente freme,
e que a gente imprima o que blasfeme.

Aja o som em cada pranto, haja o rito...
aja o dom em cada santo, haja o mito...
e o espanto, portanto; 
haja o dito... aja o bom em cada quanto,
haja o grito... aja o tom em cada canto.

E, com o pendão da má palavra, liberdade,
em branco e negro ou poesia tatuados em cada cor: ação,
silenciosa mente arauta da novidade verbal;
aliás sílaba, fonema fenomenal da mensagem para vocês,
ou eu, mau selvagem, em bom português.

Pessoas sensíveis e inteligentes me fascinam, como o poeta Davi Araújo.

Enorme abraço a todos,
Marcos.

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