quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

POLÊMICA+DISCUSSÃO ACERCA DO USO DO CELULAR EM CINEMAS!!!


POLÊMICA+DISCUSSÃO ACERCA DO USO DO CELULAR EM CINEMAS!!!

Preciso desabafar e "interlocutar" com as pessoas... Portanto: opiniões, quantas mais diversas... melhores... Palpitem, expressem-se e me ajudem a chegar a um ponto de equilíbrio. O que acontece/aconteceu é/foi o seguinte:

há anos não frequento cinemas de Shopping Centers - a única exceção é o cinema do Shopping Frei Caneca por ser um cinema que exibe filmes de boa qualidade (de minha perspectiva) e há o Clube do Professor aos sábados pela manhã - porque na última vez em que fui assistir ao filme "Os 3" havia um grupo de adolescentes comendo, gritando, falando palavrões, produzindo barulhos e cheiros indesejáveis e empregando seus aparelhos de celulares no cinema. Minha atitude: ao sair da sessão de cinema daquela rede (nem citarei seu nome) naquele Shopping (tampouco mencionarei seu nome) fui reclamar ao gerente que me informou que providências seriam tomadas... será que alguma providência foi EFETIVAMENTE tomada? É claro que não... Portanto, frequento apenas os seguintes cinemas em São Paulo: os cinemas da Reserva Cultural e os cinemas do Espaço Itaú de Cinema (tanto da rua Augusta quanto do Shopping Frei Caneca...) geralmente paro por aí... Hermetismo de minha parte? Talvez...
HOJE, finalmente, conseguir ir à Reserva Cultural para assistir ao longa-metragem "Infancia Clandestina" e para minha surpresa havia uma moça que após 1 hora de o filme ter começado, acendeu seu celular e começou a mandar mensagens... Fiquei quieto e engoli ESSE SAPO (pelo menos, para mim...). Trinta minutos depois, novamente, acendeu seu celular e começou a enviar mais mensagens... Nesse momento, não me aguentei e sussurrei: "DESLIGUE O CELULAR, POR FAVOR!". Pergunto-me:
a) serei eu intolerante em relação ao uso de celulares em cinemas?
b) será que não conseguimos permanecer 2 horas offliners?
c) ao assistir a um filme que elabora uma representação de a ditadura argentina, penso: será que não vivemos uma ditadura do online?
d) ao olhar ao redor das pessoas nas ruas, nos metrôs, nos ônibus, dentro de seus carros, pergunto-me: começamos a viver em uma sociedade AUTISTA? Quase ninguém olha para as pessoas, conversa, discute, cumprimenta... seria uma espécie de AUTISMO provocado pelo mundo virtual?
e) há uma espécie de desfronteirização de fronteiras no mundo virtual, porém, parece haver uma desumanização absurda também?
f) será que sou eu o freak dessa geração, de o mundo atual?
g) terei eu razão em apenas desejar assistir a um filme sem que nenhuma luz se acenda ao longo de sua projeção e atrapalhe minha concentração?
h) precisarei eu fazer yoga? Terapia já faço duas vezes por semana, rs, portanto, não vale à pena indicar-me essa forma de resolver essa polêmica...

Lanço esses questionamentos a fim de que me ajudem a encontrar não uma única resposta, mas uma forma mais tranquila de lidar com o fato de pessoas que ligam seus celulares em cinemas - os cinemas considerados mais cults de São Paulo - e/ou teatros.

Apenas para terminar: a primeira vez a que assisti a peça "Justine" no Satyros II, em 2010, na cena quase final, quando Justine foi atingida por um raio, um celular tocou e uma das atrizes quase fuzilou com o olhar a moça que não se deu ao trabalho de desligar o celular ao adentrar no teatro. A atriz que fazia Justine, Andressa Cabral, canalizou aquela raiva para a morte da personagem e "estraçalhou-se" em cena... Tive a oportunidade de rever essa peça no final de 2011 e a cena não teve toda a intensidade que eu havia presenciado na primeira vez em que a vi. Questiono-me: proibir me parece pior, porém o que poderemos fazer para não sermos importunados ao assistirmos a filmes e/ou espetáculos?

Aguardo sugestões,
Marcos Êçá.


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