As sete sabotagens capitais
Os pecados capitais, criados por um certo Cristianismo podem ser pensados como (marque, se quiser, opções de sua escolha):
( ) Formas de controle político.
( ) Fraquezas humanas confessas.
( ) Psicopatias cotidianas.
( ) Descontroles emocionais.
( ) Vícios.
( ) Emoções destrutivas.
( ) Excessos que travam, afastam ou isolam.
( ) Formas de agir que não constroem nem transformam. Não resultam…
Ou, simplesmente, pecados.
Ou simplesmente o que o leitor encontrar de verdades sobre…
Na era dos resultados e da produtividade, o ser humano segue “pecando” (?!) e sabotando a sua capacidade de transformar seu entorno de forma otimista e construtiva.
Pois bem, sem moralismos, nem regras, simplesmente no terreno das ações e das emoções, surgem o que chamarei de “sete sabotagens capitais”.
Nada relacionadas com pecados, com fraquezas, ou erros de conduta moral, elas entram em uma mitologia forjada, de crença em todos os humanos e, talvez, em panteões de deuses e santos que por aqui passaram (na imaginação ou na História).
A advertência que deve ser entregue ao leitor é a seguinte: são inumeráveis, inesgotáveis e muito específicas as sabotagens do ser humano em relação a si mesmo. Ou seja, e assim seja, as divagações que aqui seguem são de natureza pessoal, surgem de uma observação individual concretizada e lapidada em anos de vivência no que costumam chamar de realidade.
Algumas delas estão em suas vidas, e na de outras pessoas também. São humanas, cotidianas, emocionais e podem coincidir com certos “pecados capitais”.
Volto a repetir + reitero + ratifico + … : aqui não são pecado, não surgem como fruto da moral e de qualquer instituição. Ao contrário, proclamam um metafórico uso da linguagem corrente em busca da liberdade, da natureza selvagem, dos incontroláveis pedaços de alma que todos tem, mas que nem todos sabem ou querem enfrentar.
Voilà: As sete sabotagens capitais
1 Egolatria (histerismo materialista pela potência da própria imagem)
Quando surge a fotografia (lá no século XIX), os seres humanos, reunidos na instituição familiar, mostravam suas imagens com orgulho. Deixavam suas “cartes de visites” (ancestrais do álbum de fotos) na sala da casa, onde recebiam ilustres visitas e amigos. Pois bem, eles queriam declarar sua felicidade em imagens estáticas.
Hoje, depois de vários outros formatos desta autoexposição declarando “momentos em que somos felizes” surgem as redes sociais, nas quais milhões de pessoas cultivam a própria vida como seus minutos de fama.
Ótimo compartilhar felicidade, mas para tudo bom senso é uma boa medida.
Uma coisa é celebrar a vida, outra é mostrar, declarar, expor e, sejamos sinceros, se exibir com TUDO o que fizer.
Sem mais, vamos poupar nossos amigos de nos ver fazendo cara de modelo na frente do roupeiro do quarto, no espelho do banheiro da balada, deitados na esteira da praia… Ou melhor, tenham senso do ridículo e parem de achar que suas imagens compensarão seus desejos egocentrados. Aliás, mantenham seus corpos saudáveis e não se dediquem simplesmente em transformá-los em moldes semelhantes ao que as revistas mostram.
Se você realmente se importa em transformar-se em um molde, melhor tatuar um código de barras em uma parte bem visível de seu corpo.
2 Mentira (mitomania)
Não muito a declarar. Talvez, pontuar…
1) Mentira tem perna curta, mesmo! Observe a lógica da realidade e entenderá!
2) Quem mente para conseguir o que quer, pode acreditar na mentira e confundir imaginação com realidade.
3) Não pense que os outros não perceberam que você está mentindo. Eles tem certeza!
4) Use sua criatividade para agir e encontrar resultados. Não perca tempo com o que não é produtivo.
5) Cuidado! Você pode transformar-se em um mitômano, aumentando e dissimulando tudo o que faz. Esta patologia é típica de fracassados, medrosos, acomodados incapazes de agir e fazer de seus sonhos realidade
3 Ira (barraco)
Quem joga agressão no mundo, agredido será.
E qual a necessidade de ser agredido?
Pense em algo como como o equivalente negativo da frase/ação produtiva: gentileza gera gentileza.
Aproveite a mesma lógica e pare de se ocupar da vida dos outros.
4 Malandragem (quando biscatismo ou necessidade de tirar vantagem)
Belíssima a figura do malandro brasileiro.
Licença poética à parte, talvez esta figura seja desnecessária na vida da maioria das pessoas. Por quê? Chega uma hora que vira pura graça e não leva a lugar algum. Você cairá no descaso.
Deixe, então, a malandragem na poesia, ou use com intenção correta (nao no sentido de certo ou errado, e sim no sentido budista: resultado positivo!). Ou seja, nao tente tirar vantagem, as pessoas percebem, respondem à altura e podem se dar melhor que você. Saca?!
5 Intolerância ao erro
Clichê necessário diariamente: errar é humano!
Antes de não admitir que o outro erre, entenda a limitação alheia assim como entende as suas. E seja, assim, um pouco mais leve…
6 Competição (em todos os níveis)
Sobrevivência é uma coisa. Competição é outra, bem outra!
Não canse a beleza e a leveza dos humanos que o cercam tentando ser o melhor em tudo o que faz, o tempo todo. Relaxe, mesmo. E tente fazer as coisas sem pensar nos outros e sim nos resultados. Trabalhe por uma causa, pela produtividade, pelo equilíbrio… Enfim, há causas e causas. Meios servem a elas e não aos seus desequilíbrios egocentrados.
7 Desamor
Alguém um dia me disse: claro que existe amor em SP!
Músicas com frases desnecessárias à humanidade à parte (deixei de amar por causa dessa famigerada canção clichê “pseudohumanista”…).
Antes de amor, muitas vezes, existe sim a sabotagem numero 01, a egolatria! Ninguém tem culpa de entender de forma equivocada o autoconhecimento…
Pense que ser apaixonado por si mesmo é uma conquista de felicidade. E reflita também que ser feliz é amar a quem o cerca e o faz cultivar este tão nobre sentimento.
Sem amarguras, quem gosta de café sem açúcar, gosta de dança sem par?
Ame ou deixe-se!
Bueno, finaliza assim este prólogo forjado sobre as “Sete sabotagens capitais”, mas..
Siga lendo, pois a preguiça…
E pense: imaginação com entusiasmo leva à iniciativa que gera autonomia. E autonomia nada mais é que liberdade. E liberdade vem da alma, se alcança com raça e coragem e não tem valor de mercado!
Md. C. Blavatsky
PS: em breve, seguindo este texto, virá uma “Inquieta manifestação pela ousadia indomável”
Em: http://carolinaberger.com.br/as-sete-sabotagens-capitais/ acesso em 04/01/2013.
Agradeço à Carolina Berger por permitir-me publicar seu texto em meu blog, gracias corazón!!!
Abrazo blavatskyano a todos,
Marcos Êçá.
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