terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eu dizia que queria ser encontrado... e "o" fui...

Feriado de finados...
Saio de minha sessão de terapia, na última quinta-feira, na região de Pinheiros rumos às Satyrianas 2012...
Havia me arrumado, quiçás, a fim de pavonear-me; porém sem ilusões... sem esperanças... sem crenças...
Assisti à leitura de "Um Homem" de Rubens Rewald - brilhante: tanto o texto quanto a interpretação de Thais de Almeida Prado...
Na sequência vejo "Desamor" - o prefixo "des" me fascina pois EU propunha/proponho o conceito de (des)leituras... - de Walcyr Carrasco... bom texto, boa peça, correta... nada tão desestabilizador...
Às 2:00 de quinta para sexta, vejo o brilhante espetáculo - em todos os sentidos polifônicos possíveis desse significante - "A Nossa Gata Preta e Branca" com Cléo de Páris e Maria Casadevall... Interpretações monstruosas e geniais como já lhos disse...

Casa...
Cama...
Recolhimento...

Finados: Zombie Walk com um amigo querido e sua esposa.
Bate-papo com Guga, Bruno e Marizélia... risos, verborragia, diversão das boas...
Dirijo-me à Oficina Cultural Oswald de Andrade porque assistirei ao espetáculo "Bom Retiro 958 metros" do Teatro da Vertigem... Saio do espetáculo em estado de graça, mas preciso correr em direção à Praça Roosevelt porque ainda quero assistir à peça "DistopiaS" dirigida por Andressa Cabral, dado que admiro muitíssimo seu trabalho. Peço a uma infinidade de amigos que deixem comprada minha entrada na bilheteria porque tinha certeza de que não conseguiria chegar antes das 23:00 na Roosevelt... Ao chegar no Espaço de Os Satyros II, informam-me que a peça começara às 23:00 e não às 23:59 conforme informado na programação... Peço para entrar mesmo assim e o rapaz da bilheteria apenas me diz que isso é impossível porque o espaço está lotado... Não fico irritado, apenas decepcionado... Decepção total de minha parte...
Penso: e agora? Ir embora? O que farei?
Decido flanar pelo Centro de São Paulo... Pensar em minhas escolhas... Pensar em minhas cicatrizes... Pensar em minhas dores... Pensar em meus desamores...
Cruzo com ele... Eu olho para ele... Ele olha para mim... Começamos a nos beijar... Ainda não sei seu nome... Algo muito forte nos uniu... não sei explicar muito bem o que... talvez o ACASO... Após alguns minutos de beijos absurdamente deliciosos e de entrega total de ambos faço-lhe apenas quatro perguntas:

Qual seu nome?
Douglas.
E o seu?
Marcos.
Qual sua idade?
42.
E a sua?
38.
Onde você mora?
Pirituba.
E você?
Vila Maria.
Você é solteiro?
Sim.
E você?
Também.

Mais beijos... mais entrega... mais afeto... mais carinho...
Começamos a conversar e a perceber que se existem almas gêmeas ele é a minha e eu sou a dele...
De minhas "DistopiaS" passo a um movimento de "(A)DistopiaS", ou melhor, volto a acreditar no AMOR... na PAIXÃO... na ENTREGA TOTAL e INCONDICIONAL entre DOIS HOMENS...
ENCONTREI MEU GRANDE E ETERNO AMOR A QUEM TANTO BUSCAVA: DOUGLAS...
Trocamos telefones...
Combinamos de ir ao cinema no sábado pela manhã.

Casa.
Cama.
Recolhimento.

Às 10:35 do sábado, nossos olhares se cruzam novamente... Filme: "Elefante Branco"... toques, carícias, carinhos... Começo a me apaixonar... começo a acreditar no amor novamente...
Almoço juntos. Retornamos a nossas casas e nos encontraremos às 19:00 no Espaço de Os Satyros II para vermos Satyros Satyricon... Foi delicioso... Trincha+Satyricon+Suburra...

Sua casa.
Sua cama.
Seu espaço.
Seu templo.

Sinto-me privilegiado ao haver cruzado com ele... tudo o que eu quis e um pouco mais... chavão, porém pouco me importa... às vezes, chavões e lugares comuns são interessantes...

ENTREGA TOTAL, ABSOLUTA, INCONDICIONAL de ambos...

Domingo: dia juntos... almoço juntos... tarde juntos... nos amamos, nos entregamos um ao outro: juntos...  dançamos juntos... nos tocamos... nos acariciamos... nos desejamos... rimos... choramos... falamos... ALMAS GÊMEAS... Talvez "A dupla vida de Veronique"...

Tenho de ir ao Satyros I para ver meus amigos apresentarem o espetáculo "Cicatriz"... me afasto dele, apenas, momentaneamente... Contudo, sei que uma história de amor começara...

NOSSA HISTÓRIA DE AMOR...

Obrigado, Douglas por permitir que nos amemos e eu faça parte de sua vida.
Simplesmente posso dizer: EU TE AMO, meu grande e eterno amor...

Por esse motivo, dedico essa música a nosso início:

Sing for absolution by Muse: http://youtu.be/3SznyDnoLS8

E pensar que tudo começou porque não consegui ver a peça "DistopiaS" e nossos olhares, nossos corpos, nossas bocas se cruzaram... Feliz e amando estou... para sempre...

Marcos.


    

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