O texto que reproduzo abaixo foi escrito há exatamente uma semana, ou seja, no domingo 11 de setembro de 2011. No dia anterior, sábado, havio ido ao Teatro do Satyros reassistir a duas peças das quais eu gosto muito: "Justine" e "A filosofia na alcova" (gosto especialmente por causa da interpretação monstruosa da Andressa Cabral. Que atriz! Monstruo de ser humano!!!). Havia me encontrado com um amigo e tivemos uma boa interlocução. Contudo, precisava esclarecer alguns pontos e decidi escrever o texto que segue abaixo.
Decidi publicá-lo porque, de minha perspectiva, é um texto que talvez reflita o que penso e sinto nesse momento (textos são datados. Neide, obrigado por dizer isso a mim. Você é e sempre será genial pra mim). Dado que não tenho a permissão e não posso expor o nome do amigo a quem enviei o texto, opto por empregar os significantes fulano e beltrano no lugar dos nomes reais (essa porra de politicamente correto é uma merda! Mas tampouco tenho o direito de expor as pessoas, especialmente, um amigo tão querido como ele). Passemos, então, ao texto.
Fulano, meu querido:
Preciso comentar algumas questões com você, inclusive a respeito da peça "Justine", porque talvez você não tenha me entendido ou eu não tenha me expressado da melhor forma possível (um dos grandes problemas e paradoxos do mundo atual é como não conseguimos nos comunicar - "Hable con ella" - apesar das merdas de celular, internet e o escanbal...).
Não sei como a peça "bateu/bate" em você. De meu singelo ponto de vista, não é uma peça sobre "putaria/libertinagem", as pessoas só veem esse lado superficial e oco da peça; mas aborda o tema de como somos maniqueístas, de como julgamos as pessoas e as rotulamos em boas ou más. Essa é a moral cristã predominante que nos atravessa nessa PORRA de sociedade onde vivemos!!! Estamos jogados ao léu, abandonados e por essa razão - conforme lhe disse ontem - nos AGARRAMOS a alguns pilares: família, amor, amigos, sexo, estudos, trabalho, artes, religião... (não vejo problema algum nisso, OK?). É muito duro ter essa consciência e dizer: hoje eu vou me levantar para enfrentar todas essas pendências "desinfrentáveis" (é um neologismo mesmo!!!). O Marquês de Sade foi um grande provocador da sociedade, até trata da questão da libertinagem. Mas o que é ser libertino? É simplesmente não estar de acordo com o estabelecido como certo/correto, ou melhor, o "standard". É por isso que sou libertino (um caralho de rótulo!!!). Sade sugeria que fôssemos "livres" (a liberdade é um constructo teórico porque sempre estaremos ligados a algo; romper os vínculos é quase "impossível" - "A liberdade é azul" do Kiéslowski) e disséssemos/expressássemos o que sentimos. É por essa razão que eu lhe disse: "Diga ao Beltrano que você o ama!" Qual o problema em dizer algo tão simples como EU TE AMO! Se não quiser dizer em português fale: TE QUIERO! JE T´AIME! (rs... talvez seja mais romântico). Aproveite enquanto durar e não seja MORALISTA, não classifique as pessoas, as atitudes em boas ou ruins, certas ou erradas porque ERRAR é vagar, é ir por outro lado, caminho (muitas vezes o lado não esperado pelo professor ou pelas pessoas em nossas vidas miseráveis; somos apenas míseras pessoas... quanto pessimismo meu, porém, apesar de tanta desilusão, acredito no mundo e nas pessoas). Você, como eu, somos SERTÕES HUMANOS e não poderemos nos esquecer disto. Eu gosto muito de você, o admiro pra caralho!!! Você tem um brilho no olhar lindíssimo. O Beltrano precisa perceber isso!!! Seu sorriso é uma graça!!! Ele também tem de ver e valorizar isto!!! Conquiste-o!!! Seduza-o!!! Mas não apenas com presentes, mas com pequenos gestos de delicadeza. Agora, se ele for um "ogro" como você se refere a ele (isto é muito forte, é um signficante filho da puta!!! Um bom terapeuta faria uma análise incrível sobre esse signficante), não se sensibilizará com o belo da vida... Já escrevi muita merda e preciso estudar, ler, pensar (rs...). Cheguei às 2:00, me levantei às 8:00 e até agora somente enviei mensagens às pessoas...
Último comentário: a cena final de Justine é belíssima, não sei se a sentiu porque você estava preocupado com o Beltrano. Na sequência, a Andressa Cabral deu um show de interpretação como Juliette, a libertina! Monstruosidade de mulher!!! Pessoas como ela, como você é que nos fazem ter força de nos levantarmos todos os dias. Pra terminar mesmo:
Não sei como a peça "bateu/bate" em você. De meu singelo ponto de vista, não é uma peça sobre "putaria/libertinagem", as pessoas só veem esse lado superficial e oco da peça; mas aborda o tema de como somos maniqueístas, de como julgamos as pessoas e as rotulamos em boas ou más. Essa é a moral cristã predominante que nos atravessa nessa PORRA de sociedade onde vivemos!!! Estamos jogados ao léu, abandonados e por essa razão - conforme lhe disse ontem - nos AGARRAMOS a alguns pilares: família, amor, amigos, sexo, estudos, trabalho, artes, religião... (não vejo problema algum nisso, OK?). É muito duro ter essa consciência e dizer: hoje eu vou me levantar para enfrentar todas essas pendências "desinfrentáveis" (é um neologismo mesmo!!!). O Marquês de Sade foi um grande provocador da sociedade, até trata da questão da libertinagem. Mas o que é ser libertino? É simplesmente não estar de acordo com o estabelecido como certo/correto, ou melhor, o "standard". É por isso que sou libertino (um caralho de rótulo!!!). Sade sugeria que fôssemos "livres" (a liberdade é um constructo teórico porque sempre estaremos ligados a algo; romper os vínculos é quase "impossível" - "A liberdade é azul" do Kiéslowski) e disséssemos/expressássemos o que sentimos. É por essa razão que eu lhe disse: "Diga ao Beltrano que você o ama!" Qual o problema em dizer algo tão simples como EU TE AMO! Se não quiser dizer em português fale: TE QUIERO! JE T´AIME! (rs... talvez seja mais romântico). Aproveite enquanto durar e não seja MORALISTA, não classifique as pessoas, as atitudes em boas ou ruins, certas ou erradas porque ERRAR é vagar, é ir por outro lado, caminho (muitas vezes o lado não esperado pelo professor ou pelas pessoas em nossas vidas miseráveis; somos apenas míseras pessoas... quanto pessimismo meu, porém, apesar de tanta desilusão, acredito no mundo e nas pessoas). Você, como eu, somos SERTÕES HUMANOS e não poderemos nos esquecer disto. Eu gosto muito de você, o admiro pra caralho!!! Você tem um brilho no olhar lindíssimo. O Beltrano precisa perceber isso!!! Seu sorriso é uma graça!!! Ele também tem de ver e valorizar isto!!! Conquiste-o!!! Seduza-o!!! Mas não apenas com presentes, mas com pequenos gestos de delicadeza. Agora, se ele for um "ogro" como você se refere a ele (isto é muito forte, é um signficante filho da puta!!! Um bom terapeuta faria uma análise incrível sobre esse signficante), não se sensibilizará com o belo da vida... Já escrevi muita merda e preciso estudar, ler, pensar (rs...). Cheguei às 2:00, me levantei às 8:00 e até agora somente enviei mensagens às pessoas...
Último comentário: a cena final de Justine é belíssima, não sei se a sentiu porque você estava preocupado com o Beltrano. Na sequência, a Andressa Cabral deu um show de interpretação como Juliette, a libertina! Monstruosidade de mulher!!! Pessoas como ela, como você é que nos fazem ter força de nos levantarmos todos os dias. Pra terminar mesmo:
"Eu quase nada sei, mas desconfio de muita coisa" (Guimarães Rosa).
P.S.: A respeito da lista de filmes, músicas e livros depois conversarei com você. Embora hoje seja meu dia de me "recolher", caso esteja a fim de bater papo ou de que eu leia uns poemas e leve livros a você, avise-me. Após as 16:00, estarei livre.
Um abraço afetuoso,
Marcos.
Marcos.
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