sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ENNIO MARCHETTO


Minha amiga Leonor Cione enviou-me o link desse vídeo do artista Ennio Marchetto. Como gostei bastante, decidi compartilhá-lo com meus outros amigos. Para quem não o conhece:

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=sAFI1i5FIBc

Abraço artístico a todos,
Marcos Êçá.

SOU UMA MISTURA DE ANTIGO E NOVO


Sou uma mistura de antigo e novo

22 de fevereiro de 2013 | 2h 07

Ignácio de Loyola Brandão - O Estado de S.Paulo

Não creio que Ruy Castro se irrite ao ver que entro de carona no seu barco. Esta semana, em sua crônica na Folha, ele se referiu à invasão tecnológica do mundo, concluindo: me incluam fora. Não tem medo de ser chamado de jurássico, assim como não tenho medo de ser considerado anacrônico, por compartilhar ideias. A verdade é que todo esse aparato não me tem feito mais feliz. Assim como não tem acrescentado tanto à vida dos que têm mil aplicativos no celular, os que possuem Instagram, os que acessam internet no meio da rua, no metrô, no táxi, no estádio. Falando em estádio, dia desses, estava no Pacaembu e vi um sujeito com um smartphone (ou o que seja) assistindo a um jogo. Quando percebi, ele estava vendo pela televisão o jogo que se desenrolava ao vivo à sua frente. Fiquei perplexo!

Aliás, este é um tempo de perplexidades. Até o papa deixou o mundo perplexo e os católicos assustados. Ruy disse que o fax foi uma das invenções que mais o encantaram quando surgiu. Depois, veio a decepção, o fax era capaz de tudo, menos de enviar uma pizza. E naquela época os deliverys não faziam parte de nossos hábitos como hoje. Para mim, o encanto veio com o teletipo, ou telex, aparelho que toda redação tinha. Por ele chegavam notícias internacionais, muitas em inglês, porque estavam sendo redigidas no exterior, naquele momento. Um espanto. Nunca me esqueço da tarde de 22 de novembro de 1963, quando o teletipo anunciou que John Kennedy tinha acabado de ser fuzilado em Dallas, Texas. Acho que eram 2 da tarde aqui. Em torno do aparelho juntou um grupo de jornalistas ansiosos, emocionados, assustados. Vivíamos a história enquanto ela acontecia. Aquilo foi espantoso para nós, jovens. Fomos seguindo passo a passo o trabalho da polícia e a tentativa de recuperação de Kennedy no hospital. Finalmente, o anúncio: o presidente foi declarado morto. Aquele momento foi o nosso encontro com a modernidade na imprensa.

Minha filha diz que sou bobo ao me orgulhar de não ter celular. "Pensa que é bonito?" Não, penso que não preciso atender telemarketings, não preciso atender quem não quero. Encontro quem eu desejo, preciso. O celular nos torna prisioneiros. Há empresas que proíbem funcionários de desligarem o celular nos finais de semana. Você é empregado 24 horas por dia, sete dias por semana, 30 dias por mês. Computador? Tenho. E dos bons. Um Mac que chamei de Big Mac (ainda que eu odeie o sanduíche), porque me serve à perfeição. Tenho laptop. Uso o CD, ainda que tenha descoberto que muitas vezes a mesma música que tenho em vinil tem melhor reprodução e intensidade do que no CD. Mais, descubro que algumas músicas no CD são "editadas", cortadas, faltam trechos. Agora MP-3, iPod, Instagram não tenho. Observo a vida em torno. Ninguém mais vive contente de estar onde está, seja bar, restaurante, cinema. Todos postam fotos e mensagens do que comem, bebem, que filme vão ver, querendo saber do outro onde está, o que come, bebe e se está melhor lá. Há uma imensa solidão nessa rede social. E quanta inveja, quanto ressentimento. Dia desses, ouvi de um garoto: "Filho da p..., ele se saiu melhor indo lá. E nós aqui neste mico!" Dali em diante pareceu infeliz. Outro não se conformava por não ter ido à praia.

Não sei, pode ser que eu seja anacrônico tentando diminuir a velocidade do ritmo em que vivemos. Não preciso de tantas notícias, tantas informações, tantas frases tolas dos Twitters. O tempo que as pessoas passam tuitando. Usamos a palavra inglesa para o aparelho, porém, o verbo aportuguesou. Como entender a língua? Um amigo comeu um belo prato, bebeu um bom vinho, viu um belo filé como essa obra-prima Amor? Me ligue, me mande um e-mail. Bem, quanto a e-mails, despacho vários por dia, ainda que adore escrever cartas, colocar no envelope e pôr no correio. Exige paciência, exercício (uma caminhada até a agência). Nas filas, converso com as pessoas, encontro temas para crônicas.

Assim como vou à estante buscar um livro, gosto de ir à prateleira (no interior, dizem parteleira) e escolher um disco (CD ou vinil), colocar no aparelho, escolher a música. Levanto, ando, penso, decido. Porque tudo hoje se faz sentado e com toques em teclas e mouses. Sou uma mistura do antigo e novo. O bom do novo, aceito, incorporo. As neuras, obsessões, desvios, não. Tento ser feliz assim, ainda que felicidade seja algo indefinível, intermitente, ocasional.


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sou-uma-mistura-de-antigo-e-novo-,999987,0.htm acesso em 22/02/2013.

Abraço offliner,
Marcos Êçá.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

DEZ COISAS QUE LEVEI ANOS PARA APRENDER


Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender:

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.


2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.


3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.


4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.


5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.


6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.


7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.


8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.


9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.


10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.



Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!"

Luís Fernando Veríssimo


Abraço de aprendiz a todos,
Marcos Êçá.

HUBBLE FLASHBACK

ESA/Hubble Flashback: Stellar fireworks are ablaze in galaxy NGC 4449. Tag & share!

Hundreds of thousands of vibrant blue and red stars are visible in this image of galaxy NGC 4449 taken by the NASA/ESA Hubble Space Telescope. Hot bluish white clusters of massive stars are scattered throughout the galaxy, interspersed with numerous dustier reddish regions of current star formation. Massive dark clouds of gas and dust are silhouetted against the flaming starlight.

View larger imager at: http://www.spacetelescope.org/images/heic0711a/

Credit: NASA, ESA, A. Aloisi (STScI/ESA), and The Hubble Heritage (STScI/AURA)-ESA/Hubble Collaboration.


Abraço físico a todos,
Marcos Êçá.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MOSTRA TARANTINO EM SAMPA NO CCBB E NO CINUSP


MONDO TARANTINO
de 20 de fevereiro a 17 de março de 2013
CINUSP Paulo Emílio e Centro Cultural do Banco do Brasil

Quentin Tarantino é, sem sombra de dúvida, um dos mais populares, influentes, controversos e originais cineastas em atividade. Não é exagero afirmar que seus filmes alteraram profundamente o panorama do cinema norte-americano das últimas décadas, introduzindo na estrutura de típicos filmes de gênero doses maciças de violência explícita e inesperada, diálogos longos e afiados e inúmeras referências à cultura pop e à história do cinema.
No momento em que o diretor lança nos cinemas mundiais seu mais recente longa-metragem (Django Livre), logo após completar 20 anos de carreira e prestes a comemorar seu aniversário de 50 anos (em 27 de março próximo), o CINUSP Paulo Emílio, em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil, convida a todos para um verdadeiro “mergulho” na obra desse cineasta, suas parcerias e suas influências, por meio da mostra MONDO TARANTINO. Trata-se de uma oportuna retrospectiva que reúne não apenas todos os filmes e episódios de séries de TV dirigidos por Quentin Tarantino, como também os filmes que ele apenas roteirizou, os que codirigiu e outros em que apenas aparece como ator, além de uma inédita seleção de mais de 30 filmes, incluindo clássicos e obscuridades dos mais diversos gêneros e países, que o influenciaram e forneceram elementos para seus próprios filmes, ou frequentemente citados como seus favoritos.


Em vinte anos de carreira profissional no cinema, iniciada em 1992 com o lançamento do longa-metragem Cães de Aluguel, Tarantino destacou-se por suas tramas policiais e filmes de gângster (Pulp FictionJackie BrownCães...), mas também se arriscou no terror (Um Drink no Inferno, dirigido por Robert Rodriguez), no filme de artes marciais (Kill Bill), no road movie (À Prova de Morte), na aventura de guerra (Bastardos Inglórios) e no western (no recente Django Livre). Porém, plenamente consciente de quais são as convenções de cada gênero, Tarantino usa esse conhecimento para subvertê-las e surpreender o espectador. Construiu, assim, uma obra absolutamente original e particular, que muitos tentaram copiar nos últimos 20 anos. Impôs um estilo próprio e muito forte, que é extremamente autoral ao mesmo tempo em que consegue ser popular e comercial; calcado em referências, no pastiche, na intertextualidade, na citação, na homenagem e na paródia, ainda que jamais limitada a essas categorias. Conseguiu tornar sua marca um adjetivo, “tarantinesco”, feito que apenas alguns dos maiores cineastas de todos os tempos, como Fellini ou Hitchcock, foram capazes de conquistar.
Cineasta-cinéfilo, cujo olhar foi apurado no balcão das locadoras de VHS onde teve seus primeiros empregos, Tarantino promoveu com seus filmes um resgate de gêneros considerados “menos nobres”, revitalizando convenções dos filmes de artes marciais e de perseguições de carros, de aventuras de guerra de baixo orçamento, de western-spaghettis e de filmes de exploitation dos anos 1970, retrabalhando suas referências e as reapresentando de maneira palatável a um público que não as compartilha. Para fazer jus à obra de um artista como Tarantino, marcada por citações e homenagens a outros filmes, brincadeiras com as regras dos gêneros e inúmeras referências à cultura pop em geral, a mostra busca não apenasapresentar o seu trabalho, mas todo o universo que o rodeia e inspira. Assim, no MONDO TARANTINO estão reunidos indistintamente filmes efetivamente dirigidos por ele e aqueles nos quais apenas colaborou como roteirista, ator ou produtor, incluindo quatro filmes de seu parceiro mais constante, Robert Rodriguez, e o filme em segmentos Grande Hotel. São apresentados lado a lado clássicos do cinema frequentemente citados por Tarantino como seus favoritos (como Onde Começa o InfernoTaxi DriverJejum de Amor e Três Homens em Conflito) e filmes recentes de cineastas dos quais ele igualmente se declara admirador ou com os quais colabora (como Richard Linklater, John Woo, Takeshi Kitano e Takashi Miike). E há, claro, filmes explicitamente citados, parodiados ou homenageados por Tarantino, verdadeiras pérolas obscurase, em muitos casos, inéditas no Brasil, às quais apenas um cinéfilo dedicado e sem preconceitos como Tarantino poderia nos apresentar, caso de A Outra Face da ViolênciaBlack Mama, White MamaFoxy BrownLady SnowbloodCorrida Contra o DestinoFaster, Pussycat! Kill! Kill! e a versão original de O Sequestro do Metrô.
Além dos filmes propriamente ditos, a serem exibidos no CINUSP e no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, a programação da mostra MONDO TARANTINO inclui ainda a realização de um debate com críticos e especialistas em sua obra e a publicação de um catálogo ilustrado com filmografia, fotos e textos críticos sobre o cineasta. Trata-se de uma oportunidade única de assistir em conjunto a toda a filmografia de um diretor e também aos filmes que contribuíram para sua formação e o influenciaram. E, acima de tudo, uma chance de o público atestar o sopro de originalidade, criatividade e energia que Tarantino trouxe ao cinema de gênero hollywoodiano quando surgiu para o mundo há vinte anos.

PROGRAMAÇÃO:

20/02 | quarta
CCBB
15h00   PLANTÃO MÉDICO: MATERNIDADE | C.S.I.: PERIGO A SETE PALMOS
17h30   ADRENALINA MÁXIMA
19h30   PULP FICTION

21/02 | quinta
CCBB
16h00   JOVENS LOUCOS E REBELDES
18h00   GRANDE HOTEL
20h00   O SEQUESTRO DO METRÔ

22/02 | sexta
CCBB
15h40   CORRIDA CONTRA O DESTINO
17h40   À PROVA DE MORTE
20h00   PLANETA TERROR

23/02 | sábado
CCBB
13h00   ADRENALINA MÁXIMA
15h00   THE KILLER – O MATADOR
17h00   PULP FICTION
20h00   GRANDE HOTEL

24/02 | domingo
CCBB
13h50   ASSASSINOS POR NATUREZA
16h10   BLACK MAMA, WHITE MAMA
18h00   O SEQUESTRO DO METRÔ
20h00   A OUTRA FACE DA VIOLÊNCIA

25/02 | segunda
CINUSP
16h00   PLANTÃO MÉDICO: MATERNIDADE | C.S.I.: PERIGO A SETE PALMOS
19h00   CÃES DE ALUGUEL

26/02 | terça
CINUSP
16h00   DJANGO
19h00   SUKIYAKI WESTERN DJANGO

27/02 | quarta
CCBB
15h30   TAXI DRIVER
18h00   FASTER, PUSSYCAT! KILL! KILL!
20h00   À PROVA DE MORTE
CINUSP
16h00   O JOGO DA MORTE
19h00   TARANTINO’S MIND | BLACK MAMA, WHITE MAMA

28/02 | quinta
CCBB
15h00   A OUTRA FACE DA VIOLÊNCIA
17h00   JACKIE BROWN
20h00   FOXY BROWN
CINUSP
16h00   ONDE COMEÇA O INFERNO
19h00   GRANDE HOTEL

01/03 | sexta
CCBB
16h00   DJANGO
18h00   DJANGO VEM PARA MATAR
20h00   SUKIYAKI WESTERN DJANGO
CINUSP
16h00   THE KILLER – O MATADOR
19h00   PULP FICTION

02/03 | sábado
CCBB
14h20   FASTER, PUSSYCAT! KILL! KILL!
16h00   FOXY BROWN
18h00   TARANTINO’S MIND | BLACK MAMA, WHITE MAMA
20h00   JACKIE BROWN

03/03 | domingo
CCBB
13h30   O MESTRE DA GUILHOTINA VOADORA
15h20   A MORTE ANDA A CAVALO
17h30   SUKIYAKI WESTERN DJANGO
20h00   DJANGO

04/03 | segunda
CINUSP
16h00   O SEQUESTRO DO METRÔ
19h00   A OUTRA FACE DA VIOLÊNCIA

05/03 | terça
CINUSP
16h00   PLANETA TERROR
19h00   À PROVA DE MORTE

06/03 | quarta
CCBB
14h30   PLANETA TERROR
16h30   SIN CITY – A CIDADE DO PECADO
19h00   CÃES DE ALUGUEL | DEBATE COM SERGIO ALPENDRE E MAURO BAPTISTA | MEDIAÇÃO DE MARCOS KURTINAITIS
CINUSP
16h00   CORRIDA CONTRA O DESTINO
19h00   FASTER, PUSSYCAT! KILL! KILL!

07/03 | quinta
CCBB
14h00   A CÂMARA 36 DE SHAOLIN
17h30   AMOR À QUEIMA-ROUPA
20h00   ASSASSINOS POR NATUREZA
CINUSP
16h00   FOXY BROWN
19h00   JACKIE BROWN

08/03 | sexta
CCBB
15h00   TARANTINO’S MIND | KILL BILL – VOL. 1
17h30   KILL BILL – VOL. 2
20h00   LADY SNOWBLOOD
CINUSP
16h00   THE STREET FIGHTER
19h00   AMOR À QUEIMA-ROUPA

09/03 | sábado
CCBB
13h50   ABBOTT E COSTELLO ÀS VOLTAS COM FANTASMAS
15h30   CARRIE, A ESTRANHA
17h30   UM DRINK NO INFERNO
19h30   GRINDHOUSE

10/03 | domingo
CCBB
12h00   CINCO COVAS PARA O EGITO
14h00   O EXPRESSO BLINDADO DA SS NAZISTA
16h00   BASTARDOS INGLÓRIOS
19h00   FUGINDO DO INFERNO

11/03 | segunda
CINUSP
16h00   SIN CITY – A CIDADE DO PECADO
19h00   ASSASSINOS POR NATUREZA

12/03 | terça
CINUSP
16h00   OS CINCO DEDOS DA MORTE
19h00   LADY SNOWBLOOD

13/03 | quarta
CCBB
16h00   OS CINCO DEDOS DA MORTE
18h10   THE STREET FIGHTER
20h00   AMOR À QUEIMA-ROUPA
CINUSP
16h00   KILL BILL – VOL. 1
19h00   KILL BILL – VOL. 2

14/03 | quinta
CCBB
15h00   SIN CITY – A CIDADE DO PECADO
17h20   ONDE COMEÇA O INFERNO
20h00   UM DRINK NO INFERNO
CINUSP
16h00   ABBOTT E COSTELLO ÀS VOLTAS COM FANTASMAS
19h00   UM DRINK NO INFERNO

15/03 | sexta
CCBB
14h20   TRÊS HOMENS EM CONFLITO
17h40   JEJUM DE AMOR
19h30   BASTARDOS INGLÓRIOS
CINUSP
16h00   O EXPRESSO BLINDADO DA SS NAZISTA
19h00   BASTARDOS INGLÓRIOS

16/03 | sábado
CCBB
14h00   OPERAÇÃO DRAGÃO
16h00   O JOGO DA MORTE
17h50   KILL BILL – VOL. 1
20h00   KILL BILL – VOL. 2

17/03 | domingo
CCBB
14h00   PLANTÃO MÉDICO: MATERNIDADE | C.S.I.: PERIGO A SETE PALMOS
16h30   O GRANDE GOLPE
18h10   O IMPÉRIO DO CRIME
20h00   CÃES DE ALUGUEL

Abraço cinéfilo a todos,
Marcos Êçá.


MUSEUS DE VIENA ACEITA VISITANTES SEM ROUPA EM EXPOSIÇÃO SOBRE NUS



Museu de Viena aceita 

visitantes sem roupa

em exposição sobre nus 

Exposição na Áustria debate 'tabu' da nudez masculina.
300 obras mostram evolução da representação do corpo do homem na arte.


O Museu Leopold de Viena autorizou a entrada de pessoas nuas nesta segunda-feira (18) para visitar a exposição 'Naked men' ('Homens Nus')  sobre a história da representação do corpo masculino na arte.

Visitantes nus observam obras da mostra em Viena (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)

Visitantes nus observam obras da mostra em Viena (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)
Após ter recebido várias solicitações para que a exposição fosse vista bem à vontade por parte de associações nudistas, o museu abriu no final desta segunda-feira um período para os visitantes sem roupa.
A exposição 'Homens Nus' foi motivo de polêmica e até autocensura em outubro por conta de um cartaz promocional com um nu frontal de três homens.
Homem observa quadros expostos no Museu Leopold (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)
Homem observa quadros expostos no Museu Leopold (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)
A foto foi motivo de ligações de protesto, tanto de mulheres como de homens, e o museu decidiu cobrir os genitais com uma chamativa faixa vermelha em muitas das cópias distribuídas pela cidade. A exposição, aberta até o dia 4 de março, reúne mais de 300 quadros, fotos e esculturas.
Em 2005, o mesmo museu ofereceu a entrada gratuita às pessoas que visitassem nuas a exposição 'A Verdade Nua: Klimt, Schiele, Kokoschka e outros escândalos'.
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2013/02/museu-de-viena-aceita-visitantes-sem-roupa-em-exposicao-sobre-nus.html acesso em 19/02/2013.
Abraço artístico a todos,
Marcos Êçá.



Antonio Candido: 10 livros para conhecer o Brasil



Antonio Candido: 10 livros para conhecer o Brasil

É sempre complicado propor listas reduzidas. Porém há tópicos fundamentais da história do Brasil que não podem deixar de ser abordados
Por Antonio Candido* 
Quando nos pedem para indicar um número muito limitado de livros importantes para conhecer o Brasil, oscilamos entre dois extremos possíveis: de um lado, tentar uma lista dos melhores, os que no consenso geral se situam acima dos demais; de outro lado, indicar os que nos agradam e, por isso, dependem sobretudo do nosso arbítrio e das nossas limitações. Ficarei mais perto da segunda hipótese. 
Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples informação, depende de muita coisa além do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao máximo) e não com outro, independente da valia de ambos. 
Por isso, é sempre complicado propor listas reduzidas de leituras fundamentais. Na elaboração da que vou sugerir (a pedido) adotei um critério simples: já que é impossível enumerar todos os livros importantes no caso, e já que as avaliações variam muito, indicarei alguns que abordam pontos a meu ver fundamentais, segundo o meu limitado ângulo de visão. Imagino que esses pontos fundamentais correspondem à curiosidade de um jovem que pretende adquirir boa informação a fim de poder fazer reflexões pertinentes, mas sabendo que se trata de amostra e que, portanto, muita coisa boa fica de fora. 
São fundamentais tópicos como os seguintes: os europeus que fundaram o Brasil; os povos que encontraram aqui; os escravos importados sobre os quais recaiu o peso maior do trabalho; o tipo de sociedade que se organizou nos séculos de formação; a natureza da independência que nos separou da metrópole; o funcionamento do regime estabelecido pela independência; o isolamento de muitas populações, geralmente mestiças; o funcionamento da oligarquia republicana; a natureza da burguesia que domina o país. É claro que estes tópicos não esgotam a matéria, e basta enunciar um deles para ver surgirem ao seu lado muitos outros. Mas penso que, tomados no conjunto, servem para dar uma idéia básica. 
Entre parênteses: desobedeço o limite de dez obras que me foi proposto para incluir de contrabando mais uma, porque acho indispensável uma introdução geral, que não se concentre em nenhum dos tópicos enumerados acima, mas abranja em síntese todos eles, ou quase. E como introdução geral não vejo nenhum melhor do que O povo brasileiro (1995), de Darcy Ribeiro, livro trepidante, cheio de idéias originais, que esclarece num estilo movimentado e atraente o objetivo expresso no subtítulo: "A formação e o sentido do Brasil". 
Quanto à caracterização do português, parece-me adequado o clássico Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda, análise inspirada e profunda do que se poderia chamar a natureza do brasileiro e da sociedade brasileira a partir da herança portuguesa, indo desde o traçado das cidades e a atitude em face do trabalho até a organização política e o modo de ser. Nele, temos um estudo de transfusão social e cultural, mostrando como o colonizador esteve presente em nosso destino e não esquecendo a transformação que fez do Brasil contemporâneo uma realidade não mais luso-brasileira, mas, como diz ele, "americana". 
Em relação às populações autóctones, ponho de lado qualquer clássico para indicar uma obra recente que me parece exemplar como concepção e execução: História dos índios do Brasil (1992), organizada por Manuela Carneiro da Cunha e redigida por numerosos especialistas, que nos iniciam no passado remoto por meio da arqueologia, discriminam os grupos lingüísticos, mostram o índio ao longo da sua história e em nossos dias, resultando uma introdução sólida e abrangente. 
Seria bom se houvesse obra semelhante sobre o negro, e espero que ela apareça quanto antes. Os estudos específicos sobre ele começaram pela etnografia e o folclore, o que é importante, mas limitado. Surgiram depois estudos de valor sobre a escravidão e seus vários aspectos, e só mais recentemente se vem destacando algo essencial: o estudo do negro como agente ativo do processo histórico, inclusive do ângulo da resistência e da rebeldia, ignorado quase sempre pela historiografia tradicional. Nesse tópico resisto à tentação de indicar o clássico O abolicionismo (1883), de Joaquim Nabuco, e deixo de lado alguns estudos contemporâneos, para ficar com a síntese penetrante e clara de Kátia de Queirós Mattoso, Ser escravo no Brasil (1982), publicado originariamente em francês. Feito para público estrangeiro, é uma excelente visão geral desprovida de aparato erudito, que começa pela raiz africana, passa à escravização e ao tráfico para terminar pelas reações do escravo, desde as tentativas de alforria até a fuga e a rebelião. Naturalmente valeria a pena acrescentar estudos mais especializados, como A escravidão africana no Brasil (1949), de Maurício Goulart ou A integração do negro na sociedade de classes (1964), de Florestan Fernandes, que estuda em profundidade a exclusão social e econômica do antigo escravo depois da Abolição, o que constitui um dos maiores dramas da história brasileira e um fator permanente de desequilíbrio em nossa sociedade. 
Esses três elementos formadores (português, índio, negro) aparecem inter-relacionados em obras que abordam o tópico seguinte, isto é, quais foram as características da sociedade que eles constituíram no Brasil, sob a liderança absoluta do português. A primeira que indicarei é Casa grande e senzala (1933), de Gilberto Freyre. O tempo passou (quase setenta anos), as críticas se acumularam, as pesquisas se renovaram e este livro continua vivíssimo, com os seus golpes de gênio e a sua escrita admirável – livre, sem vínculos acadêmicos, inspirada como a de um romance de alto vôo. Verdadeiro acontecimento na história da cultura brasileira, ele veio revolucionar a visão predominante, completando a noção de raça (que vinha norteando até então os estudos sobre a nossa sociedade) pela de cultura; mostrando o papel do negro no tecido mais íntimo da vida familiar e do caráter do brasileiro; dissecando o relacionamento das três raças e dando ao fato da mestiçagem uma significação inédita. Cheio de pontos de vista originais, sugeriu entre outras coisas que o Brasil é uma espécie de prefiguração do mundo futuro, que será marcado pela fusão inevitável de raças e culturas. 
Sobre o mesmo tópico (a sociedade colonial fundadora) é preciso ler também Formação do Brasil contemporâneo. Colônia (1942), de Caio Prado Júnior, que focaliza a realidade de um ângulo mais econômico do que cultural. É admirável, neste outro clássico, o estudo da expansão demográfica que foi configurando o perfil do território – estudo feito com percepção de geógrafo, que serve de base física para a análise das atividades econômicas (regidas pelo fornecimento de gêneros requeridos pela Europa), sobre as quais Caio Prado Júnior engasta a organização política e social, com articulação muito coerente, que privilegia a dimensão material. 
Caracterizada a sociedade colonial, o tema imediato é a independência política, que leva a pensar em dois livros de Oliveira Lima: D. João VI no Brasil (1909) e O movimento da Independência (1922), sendo que o primeiro é das maiores obras da nossa historiografia. No entanto, prefiro indicar um outro, aparentemente fora do assunto: A América Latina. Males de origem (1905), de Manuel Bonfim. Nele a independência é de fato o eixo, porque, depois de analisar a brutalidade das classes dominantes, parasitas do trabalho escravo, mostra como elas promoveram a separação política para conservar as coisas como eram e prolongar o seu domínio. Daí (é a maior contribuição do livro) decorre o conservadorismo, marca da política e do pensamento brasileiro, que se multiplica insidiosamente de várias formas e impede a marcha da justiça social. Manuel Bonfim não tinha a envergadura de Oliveira Lima, monarquista e conservador, mas tinha pendores socialistas que lhe permitiram desmascarar o panorama da desigualdade e da opressão no Brasil (e em toda a América Latina). 
Instalada a monarquia pelos conservadores, desdobra-se o período imperial, que faz pensar no grande clássico de Joaquim Nabuco: Um estadista do Império (1897). No entanto, este livro gira demais em torno de um só personagem, o pai do autor, de maneira que prefiro indicar outro que tem inclusive a vantagem de traçar o caminho que levou à mudança de regime: Do Império à República (1972), de Sérgio Buarque de Holanda, volume que faz parte da História geral da civilização brasileira, dirigida por ele. Abrangendo a fase 1868-1889, expõe o funcionamento da administração e da vida política, com os dilemas do poder e a natureza peculiar do parlamentarismo brasileiro, regido pela figura-chave de Pedro II. 
A seguir, abre-se ante o leitor o período republicano, que tem sido estudado sob diversos aspectos, tornando mais difícil a escolha restrita. Mas penso que três livros são importantes no caso, inclusive como ponto de partida para alargar as leituras. 
Um tópico de grande relevo é o isolamento geográfico e cultural que segregava boa parte das populações sertanejas, separando-as da civilização urbana ao ponto de se poder falar em "dois Brasis", quase alheios um ao outro. As conseqüências podiam ser dramáticas, traduzindo-se em exclusão econômico-social, com agravamento da miséria, podendo gerar a violência e o conflito. O estudo dessa situação lamentável foi feito a propósito do extermínio do arraial de Canudos por Euclides da Cunha n’Os sertões (1902), livro que se impôs desde a publicação e revelou ao homem das cidades um Brasil desconhecido, que Euclides tornou presente à consciência do leitor graças à ênfase do seu estilo e à imaginação ardente com que acentuou os traços da realidade, lendo-a, por assim dizer, na craveira da tragédia. Misturando observação e indignação social, ele deu um exemplo duradouro de estudo que não evita as avaliações morais e abre caminho para as reivindicações políticas. 
Da Proclamação da República até 1930 nas zonas adiantadas, e praticamente até hoje em algumas mais distantes, reinou a oligarquia dos proprietários rurais, assentada sobre a manipulação da política municipal de acordo com as diretrizes de um governo feito para atender aos seus interesses. A velha hipertrofia da ordem privada, de origem colonial, pesava sobre a esfera do interesse coletivo, definindo uma sociedade de privilégio e favor que tinha expressão nítida na atuação dos chefes políticos locais, os "coronéis". Um livro que se recomenda por estudar esse estado de coisas (inclusive analisando o lado positivo da atuação dos líderes municipais, à luz do que era possível no estado do país) é Coronelismo, enxada e voto (1949), de Vitor Nunes Leal, análise e interpretação muito segura dos mecanismos políticos da chamada República Velha (1889-1930). 
O último tópico é decisivo para nós, hoje em dia, porque se refere à modernização do Brasil, mediante a transferência de liderança da oligarquia de base rural para a burguesia de base industrial, o que corresponde à industrialização e tem como eixo a Revolução de 1930. A partir desta viu-se o operariado assumir a iniciativa política em ritmo cada vez mais intenso (embora tutelado em grande parte pelo governo) e o empresário vir a primeiro plano, mas de modo especial, porque a sua ação se misturou à mentalidade e às práticas da oligarquia. A bibliografia a respeito é vasta e engloba o problema do populismo como mecanismo de ajustamento entre arcaísmo e modernidade. Mas já que é preciso fazer uma escolha, opto pelo livro fundamental de Florestan Fernandes, A revolução burguesa no Brasil (1974). É uma obra de escrita densa e raciocínio cerrado, construída sobre o cruzamento da dimensão histórica com os tipos sociais, para caracterizar uma nova modalidade de liderança econômica e política. 
Chegando aqui, verifico que essas sugestões sofrem a limitação das minhas limitações. E verifico, sobretudo, a ausência grave de um tópico: o imigrante. De fato, dei atenção aos três elementos formadores (português, índio, negro), mas não mencionei esse grande elemento transformador, responsável em grande parte pela inflexão que Sérgio Buarque de Holanda denominou "americana" da nossa história contemporânea. Mas não conheço obra geral sobre o assunto, se é que existe, e não as há sobre todos os contingentes. Seria possível mencionar, quanto a dois deles, A aculturação dos alemães no Brasil (1946), de Emílio Willems; Italianos no Brasil (1959), de Franco Cenni, ou Do outro lado do Atlântico (1989), de Ângelo Trento – mas isso ultrapassaria o limite que me foi dado. 
No fim de tudo, fica o remorso, não apenas por ter excluído entre os autores do passado Oliveira Viana, Alcântara Machado, Fernando de Azevedo, Nestor Duarte e outros, mas também por não ter podido mencionar gente mais nova, como Raimundo Faoro, Celso Furtado, Fernando Novais, José Murilo de Carvalho, Evaldo Cabral de Melo etc. etc. etc. etc. 
*Antonio Candido é crítico literário, presidente do Conselho Editorial da Editora Fundação Perseu Abramo. 
Artigo publicado na edição 41 da revista Teoria e Debate – em 30/09/2000
Em: http://zequinhabarreto.org.br/?p=490 acesso em 19/02/2013.
Abraço literário a todos,
Marcos Êçá.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

CATASTRÓFICO ESTAMOS


Catastrófico estamos...
Desorientados ficamos...
Desbussolados queremos ser...
Fim dos Tempos?
Eras terminais?
Minha avô sempre diz que ouve esse blá-blá-blá desde que ela tinha 8 anos
E olha que a velhinha já está com 89...
Alguns dirão há 81 anos?
E outros 8+1 é igual a 9
Matemática? Física? Filosofia?
Adoro as três, mas nesse momento quero ver um bom filme.

Abraço poético a todos,
Marco Êçá.

POEMA DE FOLHA DE ARRUDA


um asteróide 
passa raspando na terra
um meteorito 
ilumina o céu da rússia
enquanto eu volto 
pra pegar o guarda-chuva
uma abelha pousa na flor 
e o vento faz a curva 
faço uma prece ao acaso 
por via das dúvidas 

guardei teu colar
numa caixa de música

[arrud∆]


Agradeço à Folha de Arruda por compartilhar seu belo poema comigo e com meus amigos.
Obrigadíssimo!!!

Abraço catastrófico a todos,
Marcos Êçá.