Não poderei recuperar no jovem
o jovem que fui
E muito menos o que não fui.
Devo assumir com infinita complacência
A dor de não ter sido jovem quando fui
De não ser adulto quando sou...
A ingenuidade e felicidade que me encantam
um dia me visitaram
Eu não as percebi...
Agora,
Eu também não percebo
A maturidade e beleza que exalo
De nada adianta baterem à minha porta todos os pretendentes
Pois ontem me encantava a maturidade que eu não tinha
E hoje me encanto com a ingenuidade que tive...
Sempre verei no outro o reflexo do que me falta
Jamais serei jovem, pois me tornei adulto
Jamais serei adulto porque nunca fui jovem
Vivi de resgatar perdas
Sempre tentando encher o grande baú vazio que trago.
E jamais me dei conta da beleza
da arca incrustada de jóias que construí.
De enchê-la e esvaziá-la um dia a morte me tomará
E somente o Baú vazio há de ficar...
Que ele se preencha com os sonhos de outros
No futuro...
No futuro...
Porque ele foi construído para guardar quimeras...
E é de lá que elas vêm.
E é maduro assumir que de mim
Só o baú de sonhos restará...
Luiz Vadico, copiado de sua página do facebook em 09/06/2013.
Abraço afetivo a todos,
Marcos Eça.
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